Geovanny
- Josiane A Lazaroto
- 19 de fev. de 2021
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Meu amado anjinho Geovanny,
Há cinco anos, pude sentir e ouvir seus batimentos cardíacos, seus pulos e seus chutinhos. A essas horas da manhã, eu ainda feliz fazia planos junto com a sua irmã. Há cinco anos eu ainda não sabia que os próximos dias seriam os piores da minha vida😞. Dia 23 de fevereiro, já com 32 semanas de gestação, iniciou-se uma dor tremenda, o médico constatou que seu coração não batia mais... Aquele grito de desespero não saiu, difícil de acreditar... Fé até aquele momento ainda tinha, até então chegar o dia 25 e, seu corpinho em meus braços sem se mexer, sem ouvir aquele choro estridente... Sem reação, sem vida, sem súplica... Palavras de consolo para mim viraram frases feitas. Superar? Só supera, quem não sabe ser mãe ou nunca foi; somente supera, quem nunca perdeu um filho; supera, quem nunca quis ter. Pois, cada dia que passa imagino seu rosto, seu jeitinho, seu cheiro. A perda de um filho não se supera, se acostuma com a dor, aprende-se a controlar as lágrimas. Engolimos o nosso choro todos os dias para dar aos outros um alívio, uma falsa impressão de superação com suas “frases feitas”... Meu mundo azul perdeu a cor, pois meu corpo se preparou todo para te receber, mas, não se preparou para te perder.
Somos mães unidas na mesma dor